Decidir e agir

Escrever sempre teve um lugar especial em minha vida, uma janela para a expressão da minha essência, um meio de autodescoberta. No entanto, ao longo do tempo, percebo que tenho me sabotado, me negando o compromisso total com a escrita, a leitura e o estudo, embora eu insista em afirmar meu amor por essas paixões.

Parece que meu apego a essas artes era mais um caso de apaixonamento pela ideia de amá-las do que uma entrega sincera aos sentimentos que deveriam guiar minhas ações. Descubro, a cada dia, que o mero ato de sentir é insuficiente. São as escolhas e as ações que desempenham um papel fundamental na concretização dos nossos desejos.

Por mais intensos que sejam meus sentimentos, se eu não os traduzir em ações, se não me esforçar para torná-los realidade, meus sonhos permanecerão como meros espectros, que se dissipam no vazio da mente. Porque no território das ideias, as transformações permanecem adormecidas, sem jamais se materializarem.

Quantas vezes disse a mim mesma que era hora de agir? Eu conheço a teoria, entendo o caminho a seguir, mas ainda me pergunto: por que a procrastinação continua sendo minha companheira? Porque, reconheço, tenho cedido à fraqueza. E isso, admitir minhas falhas, é um primeiro passo importante.

Quero agir, sei que sou capaz. Mas entendo que a mera decisão não é suficiente; é necessário seguir em frente, transformar escolhas em ações concretas. Para isso, vou internalizar essa verdade e começar com pequenos passos, antes de avançar para os grandes desafios. Tenho consciência de que sou capaz. Eu posso fazer isso. E eu vou!